Fico pensando no que deve ter ocorrido na vida de cada uma das vidas perdidas,antes de que eles saíssem pra se divertir!
Foram comemorar uma aprovação no vestibular,a despedida de um amigo que estava indo pra um intercambio, a volta de alguém querido,um aniversário,o fim das férias,enfim...tantas coisas comuns a mim,e a todos,realizadas de maneiras diferentes mas sempre com alegria e que pra eles viraram fumaça e lágrimas!
O que passou na mente deles ao se tocarem da situação? Pensaram em que?
Não conheço nenhuma das vítimas,mas me angustio profundamente ao pensar nessa situação! E se fosse eu? Se fossem meus amigos que estivessem lá? Se fossem pessoas que eu gostasse de ter perto?
E se eu perdesse todos de uma só vez?
E se eu perdesse a minha vida por aquela vez?
E as situações mal resolvidas,e o quarto bagunçado,e o almoço de domingo,e a promessa de ir a igreja em uma próxima vez,e a briga com os pais, e o desentendimento com o irmão, e a amizade recentemente quebrada?
As situações descritas,ficaram para sempre sem solução!
E o "Eu te amo" que não foi dito,o "Desculpa" que ficou pra depois, o abraço que deixou de dar,o "Obrigado pela vida" que esqueceu de dar a Deus?
Continuaram sem acontecer!
E como será a eternidade desses jovens?
Nos segundos que antecederam a morte,eles lembraram de Deus? Será que eles,pelo menos uma vez na vida,creram em Deus? Será que no desespero do momento,algum deles teve tempo de pedir que Deus mais uma vez tivesse misericórdia e o aceitasse no céu? Não é possível que o fogo do próprio acidente já não bastou....
E você? E se você perdesse sua vida hoje?
Num acidente,na rua,num shopping,num parque,numa boate...na sua casa.
E se você visse que sua vida esta indo embora e que em poucos segundos,você já não estará mais aqui? Seu desespero seria muito grande ao imaginar que poderia ir pra algum lugar diferente do céu?
Não sabemos quando nossa vida chegará ao fim. Devemos estar diariamente em comunhão com Deus,pois aí sim,se vivermos é para Cristo e se morrermos,também estaremos com Deus.
Deus nos ensina sobre a vida : amar a Deus acima de todas as coisas,e ao próximo como a nos mesmos!
Deus nos ensina sobre a morte : se com Ele morremos,teremos por garantia uma vida eterna,ao lado dEle,em lugar sem choro e nem tristezas!
Como está a sua vida??
Sta. Maria - A maior tragédia de nossas vidas
Por Fabrício Carpinejar. "Poeta, cronista e louco pela verdade a ponto de mentir"
Morri em Santa Maria hoje.
Quem não morreu?
Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.
A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.
Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia.
Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.A fumaça corrompeu o céu para sempre.
O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.
Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio
.Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.
Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?
O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.
A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada.
Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.
Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.
As famílias ainda procuram suas crianças.
As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.
Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
As palavras perderam o sentido.
Morri em Santa Maria hoje.
Quem não morreu?
Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.
A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.
Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia.
Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.A fumaça corrompeu o céu para sempre.
O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.
Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio
.Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.
Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?
O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.
A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada.
Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.
Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.
As famílias ainda procuram suas crianças.
As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.
Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
As palavras perderam o sentido.
Por favor,um minuto de silêncio.
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