Um dia uma grande amiga minha me enviou esse vídeo e resolvi
vê-lo na mesma hora.
E o vi mais 2, 3, 4...diversas vezes! E não me cansei de
encantar-me com a profundidade da gratidão.
Nesta época de fim/início de ano, tudo coopera para que
fiquemos mais suscetíveis a falar para as pessoas o quanto as valorizamos e o
quanto as queremos bem.
E é uma pena esperarmos essas “datas especiais” para
que façamos isso.
Em um ano denso, de mudanças e pensamentos, várias coisas
acabaram por abalar alguns conceitos, e escolhendo apenas alguns para analisar,
pego os mais representativos:
Certo dia abri o facebook, e uma conhecida minha,ainda da
época do colégio, havia postado um texto enorme, cheio de significado e
extremamente lindo.
Era um texto sobre uma perda. Sobre uma grande perda.
E eu li aquele texto diversas vezes e, confesso, me
emocionei em todas.
Não sou próxima da autora e nem mesmo conhecia a pessoa a
quem todas aquelas palavras estavam sendo dedicadas. Mas naquelas palavras
compartilhei da dor .
E se eu pudesse, teria dado um abraço nela, com o objetivo de poder ajudar um pouco a lidar com aquela tristeza.
E se eu pudesse, teria dado um abraço nela, com o objetivo de poder ajudar um pouco a lidar com aquela tristeza.
Mas a questão que me colocou para pensar foi: o que estou
falando para quem pode me ouvir? Para quem está bem próximo?
Estou aproveitando bem o tempo que tenho disponível com as
pessoas que eu amo?
NCIS é uma série que sou fascinada e acompanho fielmente.
Trata sobre investigações criminais na marinha dos EUA
e o mais encantador é o quão ricos são as personagens : Gibbs, Ziva, Dinozzo, McGee, Abby e Duck são
os principais, e cada um tem características fortíssimas que refletem na forma
que lidam com os acontecimentos das suas atividades.
Em um dos episódios toda a equipe passa por uma avaliação psicológica
obrigatória. Nenhum deles se sente a vontade com a situação e Dra.Rachel sofre
resistência de todos.
Após as análises de todos, um ponto em comum ficou visível:
Agente Kate Todd!
Agente Todd integrava a equipe e faleceu em serviço,
defendendo sua equipe em uma missão.
A perda de Kate abalou a todos: Dinozzo sentia falta de ver
sua força, Ziva teve dificuldades de ser aceita na equipe, Duck não se
conformava em ter feito a autópsia da colega, McGee sentia falta do apoio e
ensinamentos de Kate, Abby perdeu a amizade que tinha encontrado e Gibbs, aaah
Gibbs...ele não gosta de mudanças. E gostava menos ainda de perdas.
O interessante desse episódio é que há um flashback com todos, e
cada um se lembra de como Kate era única na vida deles e de como foi difícil
aceitar a falta que ela fazia.
Todos eles viram o mesmo: Kate se importava em cuidar de
cada um. Ela morreu cuidando deles.
E o que tiro disso é: Kate deixou “cuidado” pra eles. O que
eu tenho deixado? O que nós temos deixado?
Vivemos correndo, atrasados, apressados, com minutos
contados pra tudo e como estamos nos importando com os próximos? Estamos
permitindo que tenhamos tempo para aprofundar as relações, para valorizar quem
nos suporta diariamente, para agradecer verdadeiramente aqueles que se arriscam
ser fortes por nós, quando não conseguimos ser?
Estamos valorizando as pessoas certas? Estamos destinando
nosso tempo pras pessoas certas?
Realmente temos pouco tempo. O clássico “nossa, esse ano
passou voando!” é verdadeiro.
Tudo passa muito rápido. O que permanece são as lembranças, os momentos partilhados e os amigos que fazemos na jornada.
Aqueles amigos, que são poucos e bons, que são verdadeiros,
que são fieis.
Devemos pensar em o que temos
deixado pra todos, mas principalmente, o que temos deixado para esses amigos.
Esses fieis amigos.
Falando sobre gratidão:
O ano que passou foi denso, diversas mudanças, novos
desafios, algumas frustrações...na verdade quanto a isso não tem muita
novidade.
Mas foi um ano que escolhi ser melhor pras pessoas que eu
quero mais próximas. Foi um ano que eu deixei o “se cuida,fica bem!” pelo “ Quer
conversar? Posso ajudar? Trouxe um docinho pra te alegrar! Sabia que você iria
conseguir! Vamo junto, não é pra desistir! Desapega! Vamos falar sobre isso!”.
E essas atitudes são mútuas...quando nos importamos com os
outros, eles também se importam com a gente!
Se tem algo que eu quero que permaneça para 2016 é essa
cumplicidade, esse se importar, esse cuidar! Faz bem para todos os lados.
Por tudo o que já passou, por tudo o que ainda há de passar
e com todo o significado da palavra digo à essas pessoas: OBRIGADA!
Fico, com muito prazer, obrigada a retribuir e a contribuir
com o crescimento, com as alegrias e com as vitórias de cada um. Fico, com
muita alegria, obrigada a dar colo quando precisar e a ser extremamente sincera
e realista sempre que necessário.
Aos que tenho a alegria de partilhar a vida: OBRIGADA!
E se quiser entender o que estou falando, o convido a também arriscar. Passe a perguntar o "e aí, tudo joia?" realmente interessado em ouvir, faça o que puder pra deixar seus amigos felizes, fale o quanto são importantes e o quanto os ama. Por amá-los, os ajudem a não fazer besteiras, a não desanimarem, a não desistirem.
Quantas coisas boas queremos falar e nos podamos por medo, vergonha, insegurança.
Aquele poema que escreveu pro amigo, a música que fez para a avó, o abraço que você deixou de dar no pai.
Como forma de agradecimento, coloque-se obrigado a retribuir e a não abandoná-los!
Agradeça! Não tenha medo de obrigar-se! =)